A energia eólica é gerada pelo vento, portanto é oriunda de uma fonte renovável, abundante e limpa, ou seja, não polui o meio ambiente.
Antigamente foi aproveitada para fazer funcionar a engrenagem de moinhos e mover barcos impulsionados por velas. Mas hoje em dia ela é utilizada para gerar energia elétrica.
Como funciona?
A turbina eólica é responsável pela produção de energia elétrica a partir da energia contida nos ventos. Isso ocorre em três etapas. Primeiramente a energia cinética contida no vento é captada, sendo então convertida em energia mecânica e ao final do processo, ela é transformada em energia elétrica propriamente dita, pelo gerador elétrico.
No entanto, para que isso ocorra é necessário que os ventos tenham velocidade regular, não sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como monções.
Vantagens
A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, não emite gases poluentes nem gera resíduos na sua operação e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa.
Além disso, os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno, como a agricultura e a criação de gado. Contribuem também para a criação de empregos, investimentos em zonas desfavorecidas e redução da elevada dependência energética do exterior.
Vale ressaltar também que os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem escassa manutenção, sendo ela semestral. E como é uma fonte mais barata de energia pode competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
Desvantagens
Além de produzir poluição sonora e visual, também pode interferir na rota migratória de pássaros e causar interferências eletromagnéticas que podem perturbar os sistemas de telecomunicações. Soma-se a isso o grande investimento inicial feito que necessariamente não tem um retorno rápido.
No Brasil
O Brasil possui um território vasto e um grande potencial de geração de energia elétrica utilizando o vento, mas ainda produz pouca energia a partir desta fonte. No entanto, o setor aos poucos vai crescendo com a instalação de mais parques eólicos e estima-se um acréscimo de cerca de 2 GW por ano, a partir de 2013. Com isso, projeta-se que o Brasil ocupe a 4º ou 5º posição em capacidade instalada no ranking mundial em 2016.
No Brasil, o primeiro aerogerador foi instalado em junho de 1992, em Fernando de Noronha – PE, a partir do projeto realizado pelo Grupo de Energia Eólica da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, com financiamento do Folkecenter (um instituto de pesquisas dinamarquês), em parceria com a Companhia Energética de Pernambuco – CELPE.
Hoje possuímos 71 parques eólicos em operação, entre eles podemos citar:
- Complexo Eólico Alto Sertão I: localizado no estado da Bahia, é o maior parque gerador de energia eólica do Brasil e também da América Latina. As 184 torres geram 300 megawatts de energia (cerca de 30% de toda energia eólica gerada no Brasil). O complexo pertence a empresa Renova Energia e teve investimento de 1,2 bilhão de reais.
- Parque Eólico de Osório: localizado no estado do Rio Grande do Sul, é o segundo maior centro de geração de energia eólica no Brasil com uma capacidade instalada de 150 megawatts.
- Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: instalada na cidade de Camocim (Ceará). Possui a capacidade instalada de 104 megawatts.
Podemos citar muitos parques eólicos, mas a região que se destaca mesmo é o Nordeste. Pois a área conta com boa velocidade de vento, baixa turbulência e uniformidade. Vale ressaltar também que esse tipo de matriz é muito importante, por que os ventos são mais fortes nos períodos de seca, quando a produção das hidrelétricas tende a cair.
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